O filme, diz-se, é o primeiro da trilogia, que inclui Por uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito. Resumindo, a história se trata de um pistoleiro barra pesada (que até que é gente fina) que chega a uma cidade no meio do nada, onde duas famílias rivais vivem de treta para dominar aquele inferninho de vez. O personagem do Clint, Joe, espertão que é, não perde tempo e acaba por fazer uns bicos para ambos os lados, e depois disso é encrenca na certa!
Gostaria de salientar que admiro o maneira como o Joe trabalha. Chega na cidade como quem não quer nada e faz o maior estrago, se utiliza da boa vontade dos mortos para conseguir o que quer e ainda por cima faz umas amizades e ajuda os mais necessitados.
Os inúmeros tiroteios e muita gente morrendo (me pergunto se sobrou algum habitante na cidade) não são sinônimos de muito sangue, para a tristeza dos apreciadores mais sanguinolentos. Fez-me até pensar em uma arma que quando a pessoa é atingida, joga os braços para o alto e começa a dançar.
Depois de assistir esse filme, sinto certo agradecimento por morar em meio ao ar catinguento e superlotado da cidade e não em um vilarejo poeirento no fim do mundo onde aqueles chumaços de mato rolam livremente (Perdo-me algum leitor que por ventura habite um desses lugares inóspitos).
O filme, apesar de muito bom, não é tão extraordinário quanto Três Homens em Conflito, talvez porque eu tenha sentido certa falta daquele maltrapilho do Tuco. Fiquei, porém, muitíssimo hipnotizada com a arte de abertura: as sombras dos cowboys atirando uns nos outros sobre um dramático fundo vermelho com uma música muito muito foda.
Boni
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