A programação vespertina
na grade da TV aberta é um tanto quanto destinada ao público feminino, dedicada
também aos desocupados, menos favorecidos, ou pura e simplesmente, apenas para
uma ligeira lavagem cerebral aos que acabaram de acompanhar os diversos noticiários
regionais e esportivos, que tanto gosto, logo após o almoço, o que causa também
uma bela indigestão.
Eu não sei o porque
exatamente, mas ainda permanece a prenuncia mítica de que a programação da
tarde deve ser única e praticamente destinada às mulheres. Dentre os
condicionados, limitados ou não, escolho um programa muitíssimo peculiar,
opinativo, e que além dessas condições citadas, é também, diria, BEM APELATIVO
e 100% sensacionalista. O que o torna ainda mais sádico, se dá ao nome do
programa: A tarde é sua.
Apresentado pela
vampiresca Sonia Abrão (que vai onde tem sangue), se trata de uma espécie de
que chamo “programa pós mortem”, pois toda a desgraça deste país, do Oiapoque
ao Chuí, a produção se engaja vigorosamente, veementemente, e torna os assuntos
catastróficos, como crimes, assassinatos, assédios sexuais, polêmicas de
famosos (se os famosos levarem a pior...), e outros assuntos do tipo, fazem
parte integrante e temperam todo o repertório.
Um grande ponto
negativo: Este programa além de suas notícias, é exibido de segunda à sexta,
religiosamente, e independe se certo assunto for muito brutal, por assim dizer,
ele permanece na pauta e afeta se possível, todo o resto do conteúdo semanal. A
apresentadora é assistida (assistida do verbo apoiar) no set de gravação ao
vivo sempre por um advogado, um psicólogo, ambos especializados, e algum
parente, pois sempre há vítmas em suas pautas. As imagens selecionadas em um
esquema bem anos ’90, sendo a metade da esquerda com fotografias repetitivas que dimensionam tanta raiva a ponto de aplicar
rasteira a um Saci, sensibilizando dramaticamente, do lado direito, um dos
especialistas falando sobre o perfil psicopata, e essas coisas. E como sabemos,
nem tentam amenizar um pouco o clima, mas tem aquele minutinho com o Juarez da
Tekpix e com aquela dama descordenada da Topterm (Ômega 3), sempre a falar de
coisa boa.
Alguns repórteres
devidamente escolados pelo contexto do programa, comparecem aos tribunais, velórios,e
penitenciárias, no entanto, só um deles é quem realmente chama a atenção: O então
“equilibrado” Rafael Ilha...( ou Rafael Pilha). Claro que para que se chegue à
uma crítica, é preciso se embasar, seja pro bem ou para o mal, é preciso
acompanhar o tema por algum período, e daí cheguei à uma conclusão plausível, a
de que se chegassem coroas de flores, e digo mais, uma revoada de urubus, seria
(e muito) bem de se esperar.
Conclusivamente, penso que
mais atrativo seria em todos os aspectos, vide contexto do programa, que se o Zé
do Caixão fosse o apresentador, com seu dote mais assombroso e terrorístico, em
um contexto de Brasil, creio que seria mais a cara do produto A Tarde é Sua, com clima sugador ”de
corpos” desta fábula da vida real, e com absoluta certeza, o aproveitamento do Zé, “extrator de almas”, “carnisseiro”, ,
enfim, o senhor “morte”, iria causar. Até o Datena lá da Band, bateria na porta
do estúdio, ajoelharia aos seus pés, e ainda por cima, teria uma crise de choro
apto a pedir dicas para melhorar o Brasil
Urgente!
Enquanto isso, no GC( aquela
tirinha abaixo da tela sobre a qual se destaca o assunto do bloco): Saddam já
foi encontrado e Bin Laden também, agora acabou a brincadeira, Eliza Samudio!
(assunto que demandou pauta para mais de um semestre...)
By Clyde
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