terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Então saca o GC!



             A programação vespertina na grade da TV aberta é um tanto quanto destinada ao público feminino, dedicada também aos desocupados, menos favorecidos, ou pura e simplesmente, apenas para uma ligeira lavagem cerebral aos que acabaram de acompanhar os diversos noticiários regionais e esportivos, que tanto gosto, logo após o almoço, o que causa também uma bela indigestão.
            Eu não sei o porque exatamente, mas ainda permanece a prenuncia mítica de que a programação da tarde deve ser única e praticamente destinada às mulheres. Dentre os condicionados, limitados ou não, escolho um programa muitíssimo peculiar, opinativo, e que além dessas condições citadas, é também, diria, BEM APELATIVO e 100% sensacionalista. O que o torna ainda mais sádico, se dá ao nome do programa: A tarde é sua.
            Apresentado pela vampiresca Sonia Abrão (que vai onde tem sangue), se trata de uma espécie de que chamo “programa pós mortem”, pois toda a desgraça deste país, do Oiapoque ao Chuí, a produção se engaja vigorosamente, veementemente, e torna os assuntos catastróficos, como crimes, assassinatos, assédios sexuais, polêmicas de famosos (se os famosos levarem a pior...), e outros assuntos do tipo, fazem parte integrante e temperam todo o repertório.
            Um grande ponto negativo: Este programa além de suas notícias, é exibido de segunda à sexta, religiosamente, e independe se certo assunto for muito brutal, por assim dizer, ele permanece na pauta e afeta se possível, todo o resto do conteúdo semanal. A apresentadora é assistida (assistida do verbo apoiar) no set de gravação ao vivo sempre por um advogado, um psicólogo, ambos especializados, e algum parente, pois sempre há vítmas em suas pautas. As imagens selecionadas em um esquema bem anos ’90, sendo a metade da esquerda com fotografias repetitivas  que dimensionam tanta raiva a ponto de aplicar rasteira a um Saci, sensibilizando dramaticamente, do lado direito, um dos especialistas falando sobre o perfil psicopata, e essas coisas. E como sabemos, nem tentam amenizar um pouco o clima, mas tem aquele minutinho com o Juarez da Tekpix e com aquela dama descordenada da Topterm (Ômega 3), sempre a falar de coisa boa.
            Alguns repórteres devidamente escolados pelo contexto do programa, comparecem aos tribunais, velórios,e penitenciárias, no entanto, só um deles é quem realmente chama a atenção: O então “equilibrado” Rafael Ilha...( ou Rafael Pilha). Claro que para que se chegue à uma crítica, é preciso se embasar, seja pro bem ou para o mal, é preciso acompanhar o tema por algum período, e daí cheguei à uma conclusão plausível, a de que se chegassem coroas de flores, e digo mais, uma revoada de urubus, seria (e muito) bem de se esperar.
            Conclusivamente, penso que mais atrativo seria em todos os aspectos, vide contexto do programa, que se o Zé do Caixão fosse o apresentador, com seu dote mais assombroso e terrorístico, em um contexto de Brasil, creio que seria mais a cara do produto A Tarde é Sua, com clima sugador ”de corpos” desta fábula da vida real, e com absoluta certeza, o aproveitamento  do Zé, “extrator de almas”, “carnisseiro”, , enfim, o senhor “morte”, iria causar. Até o Datena lá da Band, bateria na porta do estúdio, ajoelharia aos seus pés, e ainda por cima, teria uma crise de choro apto a pedir dicas para melhorar o Brasil Urgente
           Enquanto isso, no GC( aquela tirinha abaixo da tela sobre a qual se destaca o assunto do bloco): Saddam já foi encontrado e Bin Laden também, agora acabou a brincadeira, Eliza Samudio! (assunto que demandou pauta para mais de um semestre...)
            By Clyde

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